De cór
Houve época em que o homem acreditou pensar com o coração. Saber de cór, era saber de coração, como hoje se acredita saber com o cérebro.
Ao trocarmos um pelo outro ganhamos correção mas perdemos sensibilidade. Todos nós, hoje, com nossos lindos cérebros, espertos, astutos, sábios e treinados, nos distanciamos cada vez mais dos sentidos, aqueles que geram sentimentos. Pouco ouvimos, pouco tocamos, pouco intuimos porque estamos sempre, todos, ocupadíssimos em dizer o que pensamos em expressar nossas opiniões.
Emissores permanentes de nossas verdades, adquirimos sem perceber, a noção de que somos superiores. E assim, vamos construindo uma vida sem coração.
Acreditando até que tudo o que parece com amor, ou com seu ícone máximo, o pequeno coração vermelho, é piegas, é bobagem.
Hoje, talvez por influência do dia, do desequilíbrio físico, ou do stress diário, tão distante da natureza e da liberdade, estou buscando meu coração.
Não em OZ, porque é Maya, é ilusão. Mas em mim e em você.
Hoje, eu quero trocar um pouco a minha hiperconexão da web por conexões de afeto co quem ainda tiver, coração.
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