Construir, destruir
É possível ler em alguns lugares da rede sobre templos xintoístas que, a cada vinte anos, são destruídos e depois, reconstruídos. Esta prática comum da filosofia oriental é um exercício ao desapego, uma forma de nos fazer incorporar a impermanência das coisas.
Não é um aprendizado fácil, somos todos conduzidos diariamente ao apego. Ter, manter, diz a mídia. Conquistar, alcançar, chegar, dizem todos. E, iludidos, ficamos todos lutando para que o impermanente permaneça, um vai e vem impossível de muito sofrimento que faz de cada um de nós, uma Holanda, lutando contra a invasão do mar.
Destruir não é ruim, é importante. Porque a destruição cria vazios, e só o vazio pode gerar novas ocupações.
Não a destruição violenta, é óbvio, estamos no plano filosófico. Mas a destruição consciente para que a gente não se apegue a coisa materiais, para que não se seja traído pela excesso de vaidade.
Todo tipo de vaidade. A vaidade de ser importante, de ser especial, pelo bem ou pelo mal.
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