por quê não estou aqui?
porque temos visitas em casa!
oba!
12/13/2003
punch-drunk love
comecei a ver agora, embriagado de amor. O plot parece muito original. Vamos ver.
UPDATE - Adorei. Diferente. Do mesmo diretor do louquíssimo Magnolia. O filme é baseado em uma história real.
comecei a ver agora, embriagado de amor. O plot parece muito original. Vamos ver.
UPDATE - Adorei. Diferente. Do mesmo diretor do louquíssimo Magnolia. O filme é baseado em uma história real.
Cão-cidências
Muita boa a matéria da Veja São Paulo sobre José Simão. Cão-cidentemente, eu estava digitalizando imagens de uma antiga revista Focinhos, do ano 2000, onde mostro meu boxer, Phebo, que tem tanta certeza que é gente que, ao ver o cachorro dálmata que comprei, achou que tinha ganhado um cachorro. Simão também está na mesma edição, mostrando seu boxer, Billy, que é o apelido do meu filho, veja só. O cachorro dele também tem certeza que é gente. Talvez todos os cachorros pensem assim.
A matéria, muito honesta, (Erika Sallum com fotos de Mario Rodrigues) revela que todas as frases que usa foram apropriadas de outras pessoas. A matéria é bem legal, clara e entra na intimidade do jornalista sem ser invasiva ou escandalosa. Gostei muito. Fica claro que uma coisa não invalida a outra, digo, o fato dele usar frases que são emprestadas de personagens da vida real não desmerece seu estilo próprio. Simão é um observador bon-vivant do mundo a sua volta, sem se envolver com ele. É um crítico muito mais do que um criador. Um grande crítico em forma de humor.
Links de fotos : eu e phebo na focinhos , em matéria de MÔnica Krausz e Fotos de João Raposo, Simão e Billy na focinhos, em matéria de Paulo Giacomini e fotos de Carol do Valle, todos da revista Focinhos,ano I ed. 04, janeiro de 2000, da editora Fractal.

A matéria, muito honesta, (Erika Sallum com fotos de Mario Rodrigues) revela que todas as frases que usa foram apropriadas de outras pessoas. A matéria é bem legal, clara e entra na intimidade do jornalista sem ser invasiva ou escandalosa. Gostei muito. Fica claro que uma coisa não invalida a outra, digo, o fato dele usar frases que são emprestadas de personagens da vida real não desmerece seu estilo próprio. Simão é um observador bon-vivant do mundo a sua volta, sem se envolver com ele. É um crítico muito mais do que um criador. Um grande crítico em forma de humor.
Links de fotos : eu e phebo na focinhos , em matéria de MÔnica Krausz e Fotos de João Raposo, Simão e Billy na focinhos, em matéria de Paulo Giacomini e fotos de Carol do Valle, todos da revista Focinhos,ano I ed. 04, janeiro de 2000, da editora Fractal.
Geral DOL:
"Laudo de acidente com Leonardo descarta falha mecânica"
Todos estavam sem cinto de segurança? Sério? Isso é muito grave.
"Laudo de acidente com Leonardo descarta falha mecânica"
Todos estavam sem cinto de segurança? Sério? Isso é muito grave.
Tem gente
Pra tudo, de todo tipo, do canibal que reclama do sabor da vítima até Madre Tereza que doa a vida para os outros. Assim, devemos estar sempre atentos e manter o bom senso, não engatando com gente que não é do bem, não retrucando para os mal-intencionados e, resistindo à terrível tentação de revidar as provocações daqueles que nos atacam sem a menor cerimônia.
Respire fundo e conte lentamente até dez. No um, você estará apenas sobrevivendo a sua ira. No dois, recuperando o ritmo respiratório. No três já estará engajado em terminar a contagem até o dez. No quatro você pensará que os idiotas são muitos mas no cinco saberá que são frágeis. No seis você já sentirá a força interior voltando. No sete esboçará um sorriso. No oito, estará pronto para deixar a tolice alheia para lá. No nove, terá a certeza de que este é o caminho para a sabedoria. No dez, a mágica se encerra.
Pra tudo, de todo tipo, do canibal que reclama do sabor da vítima até Madre Tereza que doa a vida para os outros. Assim, devemos estar sempre atentos e manter o bom senso, não engatando com gente que não é do bem, não retrucando para os mal-intencionados e, resistindo à terrível tentação de revidar as provocações daqueles que nos atacam sem a menor cerimônia.
Respire fundo e conte lentamente até dez. No um, você estará apenas sobrevivendo a sua ira. No dois, recuperando o ritmo respiratório. No três já estará engajado em terminar a contagem até o dez. No quatro você pensará que os idiotas são muitos mas no cinco saberá que são frágeis. No seis você já sentirá a força interior voltando. No sete esboçará um sorriso. No oito, estará pronto para deixar a tolice alheia para lá. No nove, terá a certeza de que este é o caminho para a sabedoria. No dez, a mágica se encerra.
Túnel do tempo

Quarenta anos atrás. Esse é o ponto em que estamos na linha do tempo de acordo com alguns outdoors de São Paulo, capitólio. A Hering, com o tema "Boas ondas", usa fontes e estampas totalmente 'anos 60'. O outdoor "Sossego Total', da Mastercard, tem o clima e os ícones do flower power. Não consegui fotografar outros outdoors com a mesma proposta, mas mesmo com uma amostra tão pequena, um par de exemplos, podemos ilustrar essa linguagem que volta, comparando-as com a capa do Yellow Submarine dos Beatles.
Se você viveu os anos 60, ou soube deles por seus irmãos mais velhos, pelos seus pais, ou apenas se interessa pela época, veja estas imagens: Twiggy com um vestidinho vermelho em forma de "A", Mary Quant, a inventora da minissaia, uma inenarrável roupa de lurex e correntes, expoente da época.
Só pode ser fruto da nostalgia de ontem.



Quarenta anos atrás. Esse é o ponto em que estamos na linha do tempo de acordo com alguns outdoors de São Paulo, capitólio. A Hering, com o tema "Boas ondas", usa fontes e estampas totalmente 'anos 60'. O outdoor "Sossego Total', da Mastercard, tem o clima e os ícones do flower power. Não consegui fotografar outros outdoors com a mesma proposta, mas mesmo com uma amostra tão pequena, um par de exemplos, podemos ilustrar essa linguagem que volta, comparando-as com a capa do Yellow Submarine dos Beatles.
Se você viveu os anos 60, ou soube deles por seus irmãos mais velhos, pelos seus pais, ou apenas se interessa pela época, veja estas imagens: Twiggy com um vestidinho vermelho em forma de "A", Mary Quant, a inventora da minissaia, uma inenarrável roupa de lurex e correntes, expoente da época.
Só pode ser fruto da nostalgia de ontem.
Web e Ironia
Escreva uma ironia sutil num email e perca um amigo online. A sutileza, a ironia fina, o subtexto, não passam pelos filtros da rede. O que chega é o equívoco. Para ser claro e ser entendido com correção é preciso adotar uma outra linguagem, que contenha os antídotos para a frieza do meio e se adapte às possíveis intepretações do leitor. Post, colunas, emails, não estão em real time.
Na comunicação instantânea do messenger, icq, etc, ainda dá pra corrigir os enganos. Nos outros casos, cabe a explicação. Como aqui no blog.
Por ser um espaço razoavelmente antigo (o blog veio do farofa, que é do milênio passado), por ter uma comunidade fixa de frequentadores, por ser tão vorazmente atualizado, por mim e pelos leitores que comentam os posts, acabamos por desenvolver uma série de 'in jokes', piadas internas, como acontece em qualquer grupo, seja no trabalho, na escola, na aldeia. Todo grupo tem sua linguagem.
Assim, quando falo do UOL e do TCHAN no cantinho de cima, só quem já passou por aqui centenas de vezes, compreenderá que eu adoro o UOL, que é minha homepage desde seu lançamento, que gosto muito de várias pessoas que trabaham lá, que já fui convidada tanto para levar o antigo farofa para lá quanto para ser coordenadora de todos os chats (declinei do convite há anos, com muita dor, porque eu apresentava um jornal ao vivo na tv naquela época). E que, me sinto à vontade para criticar o UOL exatamente por essa familiaridade.
Uma dessas críticas é a constante presença de notícias sobre o Tchan, qualquer integrante, ex-integrante ou futura integrante do grupo, sempre no cantinho superior direito. É o assunto mais recorrente do site.
Comento sempre isso porque a 'imagem' pública da Folha de São Paulo, inevitavelmente associada ao UOL, não combina com o tema.
Um Caderno como a Folha Ilustrada, que já dedicou capa aos dez anos de morte do pianista cubano Bola de Nieve, não comporta a popularidade industrializada das proporções marqueteiras do grupo O TChan. Eles não estão na pauta deste jornal. Pelo menos, nos trinta anos que leio a folha, eu não me lembro de ter visto o tema como destaque dos cadernos de cultura e lazer. (Veja aqui, outra armadilha: Bola de Nieve? Quem é Bola de Nieve? Foi o que me perguntei quando vi, em 1981, uma extensa matéria sobre o pianista da Ilustrada. Coicidentemente, hoje tem uma foto dele no caderno2 do Estadão. A sensação causada é a de que, estou muito aquém do altíssimo nível cultural da publicação. Foi isso que eu quis dizer, a Folha é muito 'culta' e não se dá ao luxo de publicar coisas popularescas. )
Para compreender a ironia, é preciso ser conivente com o autor, assim como a conivência é necessária para rir de uma piada. As piadas que o Tom Cavalcante conta, que o Ary Toledo conta, que o Juca Chaves conta, que o JÔ Soares conta, só recebem risos e aplausos daqueles que os conhecem e admiram. Ninguém ri de um desafeto, por melhor que a piada seja. Da mesma forma, a ironia só encontra eco quando o leitor está disposto a gastar uma taxa extra de neurônios para compreender a sutileza. E uma dose de afeto para apreciá-la. Se você não gosta de uma pessoa, qualquer deslize de ironia é porta de entrada para o ataque viral da sua ira.
Acho que um blog, por ser uma publicação pessoal, acaba desenvolvendo também seu repertório interno junto à comunidade de amigos leitores, o que de uma certa forma pode 'fechar' portar para a compreensão dos que chegam. Se por um lado é natural, por outro, afasta novos amigos. Boas vindas aos que chegam, é para vocês que estou aqui escrevendo tudo isso.
Os que frequentam, sempre tentam defender o patrimônio por nós, coletivamente desenvolvido (mesmo que seja um patrimônio de abobrinhas...) mas é preciso ter sempre o afeto e a delicadeza de não usar o que sabemos que sabemos e que os outros não sabem, como argumento para a rispidez. E esse recado é para mim, que tenho pouca paciência em muitas ocasiões.
Mas está bom do jeito que está. Quando alguém não entende alguma coisa muito 'interna', a gente abre e explica. Num dos posts abaixo, o destaque sutil da duplicidade de notas chamando para o mesmo tema, a semelhança entre homem e macaco, é que os macacos copiam. Assim, a repetição criou um chiste interno de macaquice, não sendo uma crítica lógica à diagramação.
Em resumo, sem humor, não tem solução.
Escreva uma ironia sutil num email e perca um amigo online. A sutileza, a ironia fina, o subtexto, não passam pelos filtros da rede. O que chega é o equívoco. Para ser claro e ser entendido com correção é preciso adotar uma outra linguagem, que contenha os antídotos para a frieza do meio e se adapte às possíveis intepretações do leitor. Post, colunas, emails, não estão em real time.
Na comunicação instantânea do messenger, icq, etc, ainda dá pra corrigir os enganos. Nos outros casos, cabe a explicação. Como aqui no blog.
Por ser um espaço razoavelmente antigo (o blog veio do farofa, que é do milênio passado), por ter uma comunidade fixa de frequentadores, por ser tão vorazmente atualizado, por mim e pelos leitores que comentam os posts, acabamos por desenvolver uma série de 'in jokes', piadas internas, como acontece em qualquer grupo, seja no trabalho, na escola, na aldeia. Todo grupo tem sua linguagem.
Assim, quando falo do UOL e do TCHAN no cantinho de cima, só quem já passou por aqui centenas de vezes, compreenderá que eu adoro o UOL, que é minha homepage desde seu lançamento, que gosto muito de várias pessoas que trabaham lá, que já fui convidada tanto para levar o antigo farofa para lá quanto para ser coordenadora de todos os chats (declinei do convite há anos, com muita dor, porque eu apresentava um jornal ao vivo na tv naquela época). E que, me sinto à vontade para criticar o UOL exatamente por essa familiaridade.
Uma dessas críticas é a constante presença de notícias sobre o Tchan, qualquer integrante, ex-integrante ou futura integrante do grupo, sempre no cantinho superior direito. É o assunto mais recorrente do site.
Comento sempre isso porque a 'imagem' pública da Folha de São Paulo, inevitavelmente associada ao UOL, não combina com o tema.
Um Caderno como a Folha Ilustrada, que já dedicou capa aos dez anos de morte do pianista cubano Bola de Nieve, não comporta a popularidade industrializada das proporções marqueteiras do grupo O TChan. Eles não estão na pauta deste jornal. Pelo menos, nos trinta anos que leio a folha, eu não me lembro de ter visto o tema como destaque dos cadernos de cultura e lazer. (Veja aqui, outra armadilha: Bola de Nieve? Quem é Bola de Nieve? Foi o que me perguntei quando vi, em 1981, uma extensa matéria sobre o pianista da Ilustrada. Coicidentemente, hoje tem uma foto dele no caderno2 do Estadão. A sensação causada é a de que, estou muito aquém do altíssimo nível cultural da publicação. Foi isso que eu quis dizer, a Folha é muito 'culta' e não se dá ao luxo de publicar coisas popularescas. )
Para compreender a ironia, é preciso ser conivente com o autor, assim como a conivência é necessária para rir de uma piada. As piadas que o Tom Cavalcante conta, que o Ary Toledo conta, que o Juca Chaves conta, que o JÔ Soares conta, só recebem risos e aplausos daqueles que os conhecem e admiram. Ninguém ri de um desafeto, por melhor que a piada seja. Da mesma forma, a ironia só encontra eco quando o leitor está disposto a gastar uma taxa extra de neurônios para compreender a sutileza. E uma dose de afeto para apreciá-la. Se você não gosta de uma pessoa, qualquer deslize de ironia é porta de entrada para o ataque viral da sua ira.
Acho que um blog, por ser uma publicação pessoal, acaba desenvolvendo também seu repertório interno junto à comunidade de amigos leitores, o que de uma certa forma pode 'fechar' portar para a compreensão dos que chegam. Se por um lado é natural, por outro, afasta novos amigos. Boas vindas aos que chegam, é para vocês que estou aqui escrevendo tudo isso.
Os que frequentam, sempre tentam defender o patrimônio por nós, coletivamente desenvolvido (mesmo que seja um patrimônio de abobrinhas...) mas é preciso ter sempre o afeto e a delicadeza de não usar o que sabemos que sabemos e que os outros não sabem, como argumento para a rispidez. E esse recado é para mim, que tenho pouca paciência em muitas ocasiões.
Mas está bom do jeito que está. Quando alguém não entende alguma coisa muito 'interna', a gente abre e explica. Num dos posts abaixo, o destaque sutil da duplicidade de notas chamando para o mesmo tema, a semelhança entre homem e macaco, é que os macacos copiam. Assim, a repetição criou um chiste interno de macaquice, não sendo uma crítica lógica à diagramação.
Em resumo, sem humor, não tem solução.