1/13/2004

Posso mudar pra sua cidade? Morar na sua casa?


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Se você também é da cidade de São Paulo, não, obrigada. Aqui está inviável para mim. Não dá. Tudo está em reforma, em obras, todas as vias principais congestionadas. Estou sem carro. A oficina ainda nem fez o orçamento. Nada funciona. Não tenho helicóptero. E agora que vi um mundo novo à beira mar não consigo achar normal ficar uma hora e quarente no alfasto para voltar pra casa.

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Sei que é porque a Marta quer se reelegar e por isso, está fazendo obras. Sei que é para o bem, que vai dar tudo certo no final, que reforma é mesmo assim, que São Paulo vai fazer 450 anos. Mas para sobreviver a esse caos eu teria que ter 450 sacos. Ou 450 milhões de dólares. Talvez, 4.5 já desse. Quando custa um helicóptero afinal??

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Peguei um taxi. Eu devia ter sacado. O motorista era bonzinho mas o carro, o fim do mundo. Procurei os cavalos, o jegue que o puxavam mas não vi. Inacreditável. Sabe amortecedor? Não tinha. O taxi pulava tanto que desmanchou minha escova. Sabe...rádio? Não tinha. Pra quê notícia? Sabe aquela alça, o putaqueopariu, pra você se segurar durante as decolagens das valetas? Não tinha. Solta no mundo. Felizmente o cara fez um caminho bacana. E pagando 30 mangos, finalmente, cheguei.

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Adoro meu trabalho e a Synapsys, mas na hora que passo na roleta, sinto um frio na barriga. Porque sei que vou passar, muitas, muitas horas, aqui, sentada, presa. Quando há um mundo lá fora, com meus filhos, marido, parques, passeios, piscinas, lazer. Tá bom, eu paro. Obrigada Senhor por ser uma pessoa de sorte e ter um bom trabalho.

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Vou tentar vir de metrô e trem espanhol. Talvez, por baixo da terra. Convenhamos, não tenho condições de vir voando. Não posso vir rodando. Talvez...deslizando por trilhos subterrâneos seja uma bos solução. Ou isso, ou eu vou ficar online e trabalharei remotamente. É meu sonho. Vou propor na reunião de sócios amanhã.

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Todo dia a gente precisa refazer a vida. Então vamos lá. Vamos reinventá-la.
Até o próximo capítulo.

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