QUERO UM HUMOR MAIOR

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Não foi uma opção consciente. Nem opção foi. Não tem graça nenhuma, mas nasci humorista. Pra mim, pelo menos. Até quando (ou especialmente quando) começo a fazer drama, lá vem o humor e me imobiliza. Ontem, por exemplo.

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Cheguei a apagar três posts seguidos, neste blog. Não queria me entregar, assim, de auto-bandeja, dizendo que meu marido está no interior, que minha filha está com ele, que meu filho está no rio, que meu carro está na oficina, que minha emprega está doente e eu estou sozinha e abandonada, à pé, comendo omelete com vagem.

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Ao escrever isso, fiquei com tanta pena de mim que me joguei no chão. Mas aí, achei que o chão estava assim, tão convidativo, tão próximo, que acabei fazendo algumas séries de abdomnais. Foi ótimo.

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Rapidamente me ergui, arrastei a ergométrica, pedalei uns 45 minutos, com intervalos para mudar de canal, pegar um email e voltar, tudo cronometrado. Foram 45 minutos limpinhos, juro.

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Foi assim que descobri, nesta vida impermanente com tanta gente em transição que o blog, este aqui, é a minha grande fonte de relacionamento, um alento neste maaaaar de abandono, ó. Claro que você me faz companhia! Por que você acha que eu estou sempre aqui? Porque você está!!!