1/06/2004

bom dia!
peraê que eu já vou postar. nem acredito, hoje tem faxineeeeeeeeeeeira!!

1/05/2004

Piada da vida real

Meu filho:

- Mãe, você é uma celebridade?

Eu, de avental todo sujo de ovo, lavando a louça na pia.

- Não, filho, não sou, não. Eu sempre trabalhei em tv mas nunca fui celebridade.

E ele:

- É, você nem tem jeito de celebridade. Você tem mais cara é de cozinheira mesmo.

Atiro a esponja de sabão na cara dele ou suspendo a sobremesa do menino?
Achei!
Há uma página de um site com equivalencias de pesos e medidas de receitas. Descobri o que precisava: uma xícara de farinha de trigo equivale a 120 gramas.
Pronto, lá vou eu fazer a massa de ravioli. O recheio, vai ser da minha cabeça.
(Não, não é ravioli de massa encefálica, é só força de expressão!)

Supermercado, sacolas pesadas, compras guardadas e a alforria para ver o por do sol. Depois, claro, fiz o lanche, servi, tirei a mesa, lavei a louça, limpei a cozinha. Agora, estou pesquisando pra saber qual o equivalente em xícaras a 300 gramas de farinha. Vou fazer ravioli.
Mas antes, subirei algumas fotos para o fotolog. Seis. Uma a uma.
Eita Ferro!
Exceto pelo saco de roupas sujas que meu filho trouxe para lavar esta manhã, pelo mau humor de uns e outros, pelo excesso de trabalho doméstico e pelas preocupações de sempre, está tudo bem.
Consegui encontrar uma hora e meia para caminhar na praia e ainda fiz uma belo stroganoff de frango, batatas assadas ao forno com queijo ralado, arroz branco, salada de acelga com tomate e pimentão vermelho e sorvete de sobremesa.
Claro, tudo na vida é uma questão de opção. E para poder postar e tranquilizar os leitores tive que transformar uma das tarefas num trocadilho

- olhando para a pilha de roupas amassadas ao lado do ferro elétrico, virei e disse pra mim mesma: passa mais tarde!
Assolan, Nizan e nananinanan

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Revolta
Estou revoltada. Só não demonstro porque o clima de praia baixa minha pressão e até minha ira amolece. Sempre fui uma fiel adepta de Bom Bril, Carlinhos Moreno, Washington Olivetto e W/Brasil e continuo sendo. Nunca havia usado Assolan e mesmo sem conhecer o produto, peguei bode as sobrecapas da revista Caras que tive que arrancar dezenas de semanas em 2003, sempre com o bonequinho do Assolan na capa. Vi o merchandising virtual e achei bem bonitinho mas não me animei a comprar. Até que cheguei aqui em Barra do Una e encontrei um saco de Assolan no meu armário. Foi aí que a coisa se deu.

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Experiência
Peguei um assolan e achei-o estranho. Apesar de ser lã de aço como o trocadilho do nome propõe, aço-lã, a sensação tátil e têxtil é de pó. Ao rasgá-lo ao meio (velho hábito adquirido há décadas...), percebi que ele não é tão 'firme' quando o bombril. Mas o problema mesmo aconteceu quando fui usá-lo para arear panelas, palavra que vem de areia, porque mulheres do mundo inteiro sempre usaram areia da beira de rio para dar brilho ao metal. O maldito assolan simplesmente desmancha! E o que sobra, enferruja a olhos vistos. Dá pra você parar e ficar observando o assolan enferrujar!

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Absurdo
Acho que para uma aula de química inorgânica o Assolan deve ser perfeito mas decididamente, não serve pra ser usado na pia. Não pode ser molhado, esse é o fato. Talvez, a seco, para desgrudar sujeira do vidro, para ser colocado na ponta da antena interna da TV portátil ou para encher coque de cabelo ele seja ótimo. Mas não nasceu pra pia. Um absurdo. Além de nunca mais pegar um assolan na mão, vou desrecomendar pra todo mundo. Onde quer que eu vá, no campo, na praia, na rua, na fazenda, na escola, no trabalho, falarei mal do Assolan.


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Conjecturas
Como pode um produto tão ruim gastar tanta grana em propaganda? Como é que eles têm tanto cacife pra fazer tudo o que fizeram com o Nizan Guanaes? E o Nizan, será que já tentou arear uma panela com assolan? Os criativos usaram? Será que todos eles, envolvidos no processo de comunicação, sabem que o produto é uma solene porcaria e mesmo assim, com os olhos rasos dágua e o coração profundamente ferido, eles se vêem obrigados a criar campanhas para vender M, só pelo vil metal que recebem? Será que somos todos assim? E se a empresa tem tanto dinheiro porque não investiu em um produto melhor? O mundo é mesmo mal assim?

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Percepções
Quinze dias de trabalhos domésticos forçados podem ensinar muita coisa a uma mulher, especialmente sobre a ignorância de quem produz as coisas para a vida doméstica. É inacreditável que alguém tenha desenhado, construído e vendido o tanque que tenho aqui, na minha lanvaderia-de bolso. É tão pequena que parece uma versão pocket. Pra você ter uma idéia, ela não tem área suficiente para ser chamada de área de serviço é mais uma lajota de serviço. O tanque só tem 5 gominhos para esfregar e parece ter sido projetado para lavar a roupa que você está vestindo e não a que está dentor do tanque. É o famoso bonitinho mas ordinário. Eu preferia mil vezes estar agachada no beira do rio com o vestido puxado para o meio das pernas. Pelo menos é mais sexy.


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Encerrando
Mesmo com problemas de infra estrutura de limpeza doméstica, tenho desempenhado bem minhas atividades. O problema é que hoje acordei desastrada. Primeiro, machuquei meu pé, feio, ao arrumar os beliches que têm estrutura metálica. Enfiei o pé na caminha que fica embutida embaixo do térreo, e acertei o peito do pé num ferro. Ralei a pele, furei a carne e tive que tomar cuidado pra barra do lençol não sujar no sangue que escorria. Prendi a pontinha de um dedo num pregador de roupa novinho, ávido por vingança. Pra coroar de glória, uma água viva encostou em mim no mar e uma pequena mancha vermelha sob meu braço arde sem parar. Não sei se é pessoal mas se o mundo está tentando me fazer desistir das férias agora, a resposta é nananinanan. Ainda tenho muita roupa pra passar, muita comida pra preparar, muitos livros pra ler e muita energia para coletar da natureza e muitos produtos para submeter ao crivo ferrenho de uma dona de casa exigente. Assolan, está, definitivamente, reprovado. A menos que o pacote que achei aqui em casa esteja com o prazo de validade vencido.
bom dia, então
acordar, servir o café, tirar a mesa, varrer o chão, lavar a louça do café. arrumar as camas, varrer os quartos, dobrar as roupas. recolher a roupa seca do varal para passar mais tarde. separar a roupa para lavar mais tarde também. arrumar a sala, separar as coisas de praia pra familia poder buscar um lugar ao sol. ou à sombra. ficar em casa e lavar e preparar o arroz, limpar o peito de frango e fazer o strogonoff. lembrar que não tem cogumelos e separar o dinheiro para ir ao supermercado terminar o prato. descascar batatas como marinheiros, aqueles que entraram de gaiato num navio.
publicar um post enquando o arroz seca e o frango cozinha.
sentir-se culpada por não estar trabalhando em são paulo e ao mesmo tempo, sentir-se chateada por não poder ir à praia e estar trabalhando em casa.
na próxima encadernação quero nascer bicho preguiça.
mas com corpinho de gisele.
Segunda feira
Esperei o relógio virar meia noite para ter certeza que este seria um post com data de segunda-feira. Muita gente volta para o trabalho, inclusive, todo o pessoal da Synapsys. Eu, ainda fico uma semana de férias mas a partir de agora estou disponível mental e fisicamente para a agência. Se rolar alguma boa notícia, ou ótima notícia, de um projeto apresentado e fechado, volto pra fazer reunião. Mas acho que se os clientes também estão voltando amanhã, as decisões ainda vão demorar uma semana também.
De qualquer forma, meu coração já anseia por bons trabalhos.
Em janeiro, duas revistas femininas da Editora Abril trazem um trabalho da Synapsys, com a garota da capa. Alguém já viu?

1/04/2004

Obrigada pela preocupação, gente.

Entre as centenas de quilometros de um anel de ida e volta para são paulo a partir do litoral norte, neste domingo de volta de feriado prolongado, preocupada com minha filha que ficou sozinha e assustada, preocupada com meu pai que dirigia no carro a nossa frente, contornando o jejum desde ontem e a pressa que me fez saltar da cama, juro, que fiquei pensando exatamente isso: os queridos leitores vão ficar preocupados com meu sumiço.

A gente adquire hábitos e quando algo foge da rotina, assusta mesmo. Sempre aviso onde estou, onde estive, onde vou e até minha ausências são avisadas com antecedência.

Só consegui postar agora, porque depois de toda a correria, fiz almoço, arrumei a cozinha e só agora a casa está limpa e em paz. Acho que já já, vamos cair num longo cochilo.
Susto

Agora está tudo bem, mas acordei com o celular tocando, meu pai pedindo para levá-lo para são paulo e interná-lo no hospital. Levantamos, deixamos nossa filha sozinha em casa, fomos de Barra do Una para a entrada para o Guarujá, e de lá para São Paulo, para Guarulhos e para a casa de meus pais em Vila Galvão, em Guarulhos.

Meu pai caiu recentemente, machucou-se muito e desde então tem vomitado muito. Perdeu quatro quilos em seis dias e não quer comer. Minha mãe achou que ele não conseguiria dirigir. E, como ela não dirige precisaríamos de duas pessoas que pudessem ir para São Paulo, dirigindo o carro dele e o nosso.

Assim, eu e meu marido fomos encontrá-lo.

Meu pai estava muito assustado. Ele não costuma pedir nada, é muito independente, não gosta de incomodar e por isso, quando ele ligou pedindo urgência, saí correndo.

Foram 320 quilômetros de estrada e preocupação em quatro horas de viagem, muito sono e a cabeça muito tonta.

Ainda não nos recuperamos. Mas está tudo bem, foi só um susto. Amanhã ele vai ao médico.

Depois, no carro, ouvi dois outros recados que ele havia deixado no meu celular às seis da manhã e que eu nem consegui ouvir, porque fui dormir depois das duas da manhã. Ele achou que tinha chegado sua hora. E que deveríamos todos ir para São Paulo e esperar o pior.

De qualquer jeito, vou conversar me particular com D'us e pedir pelo menos mais dez anos para ele. Ou vinte.