2/09/2003

Amigos para Siempre
Quando você tiver medo de beirar a cafonice, mergulhe de cabeça. Se é para ser acusado injustamente
ou por pouco melhor ir fundo e, ao invés de chutar o balde, assumir a caixa dágua inteira.
Estou aqui para discutir a nossa relação.
Hoje é domingo, fez um sol maravilhoso, passei o dia sem culpa na praia até duas da tarde. Pegamos um
trânsito do inferno, com mais de meia hora parada numa serra coberta de neblina a caminho de Mogi das
Cruzes. Havia mais carros parados no acostamento do que na pista, todos fervidos, quebrados, abandonados.
No alto da serra, no cume, no pico, um carro velho quebrou na pista única provocando um congestionamento
monstro e, transformando em monstros todos os motoristas desesperados.
Cheguei agora, não postei nada e tenho que escrever para o trabalho agora, porque a entrega do texto
completo para aprovação é amanhã de manhã. Cedo.
Assim sendo, sinto-me um tanto quanto culpada, o que não é nada bom.
Com isso, quero confessar meus sentimentos para que fique tudo liso como um quiabo cozido e claro
como uma manhã de sol.
Não gosto de deixar o blog sem posts, não mesmo. Quando isso acontece é por algum tipo de falta.
Falta tempo, falta conexão, falta computador. Não faltam boa vontade e assunto já que o primeiro eu
tenho em farta quantidade e o segundo a Internet supre de forma inesgotável.
Outra coisa que está me irritando um pouco, em relação a mim mesma, é o sentimento estranho que
o fato de estar entre os Top10 do Ibest me causa. Por total falta de experiência em premiações, não
desenvolvi jamais nenhum tipo de ambição ou estratégia em tê-los. Agora, mais próxima do meio publicitário,
é que me dou conta que esta é uma categoria que produz prêmios aos rodos. Como disse Washington Olivetto,
um dos grandes perigos que um publicitário sofre hoje é sair às ruas e ser alvejado por um prêmio. São muitos
mesmo. Eu, não tenho nenhuma familiaridade com eles.
Mas toda vez que me lembro que este blog faz parte de uma classificação, sinto o peso de uma obrigação que
me constrange. Não quero transformar um espaço tão livre como este numa coisa que me comprometa ou me
obrigue. Isso acaba com a graça de ser feliz por acaso e me leva a um compromisso com a felicidade, um
contra sendo total.
Assim, aqui estou eu para dizer que, vou escrever primeiro o dever para depois vir aqui, ao lazer, torcendo para
que eu consiga fazer tudo a tempo.
Ou seja, meu bem, não é nem falta de amor nem um rompimento, só estou, pedindo um tempo na
relação, tá??
Até mais tarde.
Beijos dominicais.

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