Polêmica pra quem gosta de guerra
Ser polêmico é um dos atalhos mais eficientes para a fama. Apresentador polêmico, crítico polêmico, entrevistador polêmico, são sempre requisitados para esquentar programas, atrair leitores, vender revistas. Fazer polêmica chama a atenção, porque na origem da palavra grega está a guerra. E guerra, como sabemos, é sempre notícia.
Existem várias formas de fazer polêmica mas a mais óbvia é entrar sozinho em conflito com um contexto. Por exemplo, chegar de roupa num reduto naturista gritando que todo nudista é um idiota; instalar um outdoor durante o festival publicitário em Cannes com a frase 'publicitário é tudo viado'. Outro exemplo seria xingar os torcedores do Corinthians ou do Palmeiras pelo alto falante do estádio, mas aí é mais suicídio do que polêmica.
Pois hoje, no aniversário de São Paulo, o colunista especialmente contratado para gerar polêmica barata na revista Veja, Diogo Mainardi, aproveita o aniversário de São Paulo para, através da cidade, meter o pau no país que ele tanto odeia e ao qual está condenado por nacionalidade, o Brasil.
As duas frases que mais garantem seu salário na revista são:
-" É uma sorte que São Paulo seja tão pouco musical. A música popular constitui o maior fator de atraso no Brasil. Quanto mais musical é uma região, mais subdesenvolvida ela é". e
-"São Paulo é a pior cidade do Brasil. Mas nós, paulistanos, até que temos a nossa graça: não levamos jeito para a música, o que nos torna, tudo somado, um pouco menos brasileiros."
Parece que estou vendo. Hoje, Diogo, sentado vendo a revista, esperando a chuva de emails na redação, cheios de ofensas e reclamações. Para ele, quanto mais intensa a reação, quanto maior o ódio dos leitores, maior a garantia de emprego.
Sabe o que eu acho? Que ele faz tudo isso só pra se castigar. No fundo, Diogo Mainari queria mesmo era participar do Big Brother, ficar famoso e popular, posar nú e quem sabe, montar seu próprio grupo de Axé.
Olé.
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