6/11/2002

Querido Leitor

Tem horas que a gente tem que tomar controle da própria vida, não importa se de manhã, à noite ou à tarde. Ao contrário de muitas redes de lojas, na vida, fazemos trocas inclusive aos sábados.

Em geral, o estímulo que deflagra o processo vem de fora. É o seu saco já na lua que recebe mais um golpe de uma pessoa pentelhea é a leitura de uma página de revista com uma história parecida com a sua, é o simples fato de que você deu de cara no fim do beco. E aí, da uma, uma. Você vai lá e toma uma atitude.

Aconteceu comigo. Nada de extraordinário, nada que mereça capa de jornal, nem mesmo jornalzinho do condomínio. Apenas e tão somente me deu aquele estalo: a coisa mais importante na vida é a liberdade.

A liberdade já inclui a saúde e todos os outros bens que garantem a nossa integridade. Liberdade é o direito de existir, de ser e estar, de fazer e acontecer, de experimentar, justamente a segunda melhor coisa da vida. A experiência.

A experiência é a construção de padrões interiores, é a régua que nos ensina a medir as palavras é a bússola que nos orienta quando precisamos decidir nossos rumos. Olhamos para trás e vemos o que deu bons e maus resultados e tentamos reproduzir apenas a parte que nos fez bem, que nos fez crescer.

Crescer, aliás, é o assunto do dia. Crescer dói, é difíicl, causa má impressão. Parece que crescer é sinônimo de envelhecer e envelhecer é sinônimo de morrer. É mesmo. Mas nada é tão ruim assim quando pensamo que sempre soubemos que a vida por aqui é finita. Já sabemos as regras do jogo, portanto, vamos jogar limpo e aproveitar bem a oportunidade.

Quando a gente decide crescer, tem que fazer coisas. Ficar sentado pensando só amassa a bunda, não traz felicidade. A felicidade, quando acontece é um evento, um momento, que vem e fica, que toma conta da sua vida, como um novo ar. Ela acontece durante a busca, como consequência do trabalho .

Decidi começar pequeno, controlando minha boca e resolvendo esse eterno problema de flutuação de peso que me faz infeliz. Não é uma infelicidade teórica. É o desconforto de passar o dia numa calça que antes servia bem e agora insiste em me impor suas costuras por dentro e deixar marcas na pele. Assim eu não brinco.

Ontem comecei a comer menos, sem dietas, sem loucuras, acordei , dei umas pedaladas, fiz uns abdominais e sentei aqui. Já me pesei. Duzentos gramas a menos. Vitória. Vitória para quem só via a balança subir e subir acompanhando o dólar. Mas o dólar teve uma pequena queda ontem, por isso, meu peso teve também. Sou a única pessoa que faz dieta com Dr. Armínio Fraga.

Agora, vou correr atrás dos compromissos, do texto de ontem. Hoje tenho um piloto para gravar com meus sócios, um teste de cenário para o programa Synapsys que vamos fazer naTV Alphaville. Começar de novo na tv.

Tenho tentado ser clara, dizer tudo o que penso sem ferir ninguém e enfrentar meu medo. Reclamar quando for meu direito sem ofender o ouvinte da queixa. Se não der em nada pelo menos tentei, dormirei tranquila sobre meu travesseiro de plumas de ganso.

Sim, querido leitor, não tenho coleção de relógios caros nem roupas de griffe, mas investi no melhor travesseiro do mundo. O travesseiro mais caro do Brasil você certamente pode comprar. É uma bela compra, já que é sobre ele que você vai repousar sua cabeça tão ocupada, fechar seus olhos tão experientes e dormir o sono justo depois da batalha de cada dia.

à luta companheiros!!! e um bom dia!

um beijo, um browse ,um aperto de mouse,
da
Rosana Hermann
Agora, com duzentos gramas a menos .

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