Alegria de comprar bobagens
Comprar bobagem é a segunda melhor coisa do mundo. A primeira é ter dinheiro pra comprar besteira. Hoje, eu me enquadrei em ambas. E saí na hora do almoço para ir até o Empório Santa Maria, meu segundo preferido depois do Empório Santa Luzia. (começo a acreditar que a tendência de toda santa é virar nome de empório chique). Passeando pelas gôndolas cujos produtos somados poderiam nos levar direto para Veneza, encontrei pequenos prazeres há muito perdidos. Como um saco de marshmallow branquinho pra derreter no fogo, cookies com gotas de chocolate e pão de lingüiça, a mais deliciosa combinação de cedilha, trema e pingo no i.

Trouxe balas para os potes do escritório, barrinhas de Trio de chocolate e côco para os colegas de escravatura, muzzarella de leite de búfala em pequenos nós, para nós, os grandes.

Voltando com a carteira vazia e as sacolas cheias, senti uma felicidade só comparável à empadinha de frango que degluti in loco.

Embora eu tenha gastado muito e não tenha de fato, comprado nada de substancial, volto mais tarde com dois saquinhos de chiclete babaloo, um jogo americano novo para a mesa de lanche e a perspectiva de fazer um delicioso capeletti in brodo.
E caso interessar possa, eu só fui ao Empório para comprar uma coisa: Maple Syrup Aunt Jemima, para colocar sobre as deliciosas panquecas americanas que eu mesma prepararei no domingo de manhã, para toda a família, pronta para receber os elogios. Não tinha.