Sniff
O Querido Leitor não ganhou o Ibest Blog pela Academia. O EuHein!, do Nelito (que conheci esta noite), levou os dois prêmios, pela Academia e pelo Juri Popular. Eu estava torcendo pra ele levar o do Juri popular, mas queria que o da Academia fosse para este blog. Não deu.
Fiquei muito decepcionada, duplamente triste. E me culpo pela segunda razão.
A primeira é por não ganhar mesmo. Achei que por ser um blog muito visitado, muito atualizado, sempre incluído em listas de melhores blogs, seria vencedor do prêmio. Por ter achado errado, fiquei muito triste.
Mas a decepção foi por um motivo maior.
Nunca tive sonhos de conseguir nada. Nunca fiquei imaginando uma vitória, um momento mágico, nunca. Achei que isso fosse, inclusive, um defeito meu. Sou muito realista e não consigo ficar fazendo filmes na cabeça.
Mas quando o Querido Leitor ficou entre os 3 blogs finalistas, rolou um papo, inclusive, uma discussão, entre queridos leitores e eu, sobre 'sonhos'. Disse que eu era radicalmente contra ficar sonhando, e que tinha a certeza de que, diante deste mundo complexo e aleatório, querer, definitivamente, não era poder.
Mas como todo mundo acredita no oposto, resolvi experimentar.
Num final de semana, em algum momento solitário, resolvi, pela primeira vez, fazer um exercício imaginário de sonhar. Com a dificuldade de quem não conhece o exercício, comecei a fazer a cena da festa da Ibest. Imaginei a roupa que estaria vestindo, a festa, as mesas cheias, o palco. Imaginei a chamada dos finalistas e o anúncio do Querido Leitor como vencedor. Imaginei subir a escadinha, tomando cuidado para não tropeçar. Parei diante deste detalhe para, mentalmente, escolher o sapato certo para usar nesta noite. E assim, fiz um filminho para sentir como era esta sensação que tanta gente diz ter e que eu, nunca tinha sentido.
Guardei o filme na memória e, algumas poucas vezes, reprisei-o para mim mesma.
Hoje, embora totalmente cansada e exausta, com meu filho doente, e uma segunda feira de mais de 16 horas de trabalho ininterrupto, tomei coragem de ir ao Ibest, acreditando que, de fato, o Querido Leitor pudesse chegar à final. Estranhei e comentei com todos, que ninguém tivesse me ligado. Achei que, a essas alturas, o vencedor já deveria ter sido contactado. Mas o Nelito, do EuHein, que veio do Rio para o prêmio, disse que também não tinha sido contactado por ninguém.
TAmara foi me encontrar na Synapsys e Déa me encontrou no Via Funchal. Fomos as três em busca da mesa onde nos sentamos felizes. Conversei com vários amigos, encontrei o Alecksander Mandic, o Dado do Vírgula, colegas da Avon, amigos e queridos leitores. E aí, vi que um pessoal do Ibest entrevistou e fotografou o Nelito do EuHein. Achei que isso significava alguma coisa.
E quando chegou na hora da chamada da categoria blog, lá estavam todos nós na tela. E aí, a decepção. O EuHein, como eu torci, ganhou, sim mas não uma, ambas as categorias. E levou vinte mil reais de prêmio também.
Fiquei triste por não ter ganhado, mas fiquei chateada por ter cometido o erro de sonhar à toa.
A primeira coisa que pensei foi que, enfim, eu devia ter feito como sempre fiz, não ter espreado nada, assim, a decepção seria menor.
Mas aí, me ocorreu... que não há diferença entre meio triste e triste inteiro. Quem sai na chuva é pra se queimar.
E aqui, estou eu, chamuscada pelo Ibest. Mas que o Nelito mereceu, mereceu. O blog EuHein, é muito bom.
Agora, só pra encerrar o post, bom mesmo, é ter toda essa comunidade de queridos leitores. É ter estado ao lado da Déa, que levou a máquina fotográfica até lá, e da Tamara, que está mais bonita do que nunca.
Bom mesmo é ter dado boa noite para meus filhos e saber que às 6 da manhã, serei eu, que estarei lá, diante da escola, levando minha filha para um passeio com a escola.
Bom mesmo é a realidade.
Viver, é melhor que sonhar....
Beijos.
Vou dormir hoje e acordar amanhã.
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