4/28/2004

feliz

Fico feliz por coisas tão bobas, tão particulares, por pequenas idéias e brincadeiras tão pessoais e até íntimas que não seria justo esperar que outras pessoas partilhassem destas bobas alegrias.
Porém, como D'us é me ama e eu sou uma pessoa de sorte, consegui encontrar aqui no blog, amigos caros e leitores queridos com os quais divido uma grande identificação. então vou contar (que preâmbulo!)

- fui para a reunião e fiquei lá bastante tempo, unplugged. o trabalho foi ótimo e o clima estava maravilhoso, gerando aquele orgulho profissional, aquela esperança pessoal que a gente sempre sonha em conseguir (a gente consegue, mas tudo passa e assim, é preciso reconquistar tudo de novo)

- de repente, me deu vontade/saudade/responsabilidade em relação a você, querido leitor, ao blog, a todos os que passam por aqui. mas...como avisar que a reunião estava demorando e eu não pude escrever? como fazer isso? pelo moblog? bom, o moblog publica as fotos, mas... como escrever um texto de aviso? o moblog não publica torpedos de texto...

- então tive a idéia: por que não fotografar um texto e enviá-lo? além de subir para o moblog, a última imagem fica sempre no Querido Leitor, ali, paradinha na coluna da esquerda, até que outra foto seja enviada.

- sem papel e sem caneta (costumo levar tudo, inclusive o laptop, mas hoje, esqueci todo o material), encontrei o envelope do convite da pré-estréia do filme do waltinho salles, emprestei a bic da vizinha na mesa, escrevi o texto avisando que estava em reunião, ajeitei o logotipo do guardanapo sob a xícara para dizer onde a reunião estava acontecendo, fotografei o conjunto e enviei por email para o moblog.

- não via a hora de chegar aqui e ver o resultado que aí está. fiquei (e estou) toda pimpona.

- uma bobagem, uma criancice, uma invenção infantil. mas é o que eu sou. é assim que eu vivo, penso, ajo, me divirto. desde pequena. assim me forjei, numa infância sem brinquedos e quase solitária onde tirar alegria do nada era meu único esporte. dizem que a privação é a mãe de todas as invenções, mas apesar das poucas coisas materiais eu tinha o essencial: a liberdade para brincar.

É essa liberdade que me encanta, ainda mais hoje, quando a tecnologia nos dá asas. Quando o tesão e a paixão pelo meu trabalho me rende a possibilidade de comprar essa tecnologia.

Daqui a pouco, subo outra foto e o recado vai embora. Mas o método, fica.

Beijos,
Ro.

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