8/16/2002

Seu garçon faça o favor de me trazer depressa.
Fui almoçar para 'desanuviar' a cabeça e preencher o estômago.Estava morrendo de fome, chateada com o andamento do bonde da vida e resolvi afogar minhas mágoas num kibe cru com muita cebola, cebolinha e hortelã. E como eu estava meio virada, pedi isso mesmo, comida gelada com água quente. Whaddahell.
Sobremesa, coalhada fresca com mel. Achei o almoço chiquérrimo, até que olhei pra mesa ao lado.

Ali sim, tinha uma mulher chique. Cinquenta anos, magérrima, cabelos aloirados com mechas, luzes, reflexos e demais técnicas de coiffure, brincos de ouro e diamantes, pulseiras de ouro, relógio caro, roupas finas. As unhas feitíssimas, super cuidadas. A moça ao lado, idem, idem. Fiquei acabada. Nunca vou conseguir sequer manter a bolsa sem lixo dentro, imagine ficar daquele jeito.

Comi feliz da vida, mesmo assim, não apenas conformada em seu eu, mas convicta de ser eu. Acostumei, topei, gostei. Sou.

Na volta, peguei um congestionamento monstro mas valeu, porque me deu uma meia idéia interessante. De volta ao trabalho, encontrei onze mensagens comentadas, de apoio e surpresa, amigos por icq. E descobri que não importa como, quando, quanto, onde, nada. Ser sincera e verdadeira vale sempre mais a pena.

E viva o quibe crú.

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