Torcendo pra que tudo dê certo.
Vou acender uma vela. Duas. Meia dúzia e não se fala mais nisso. Tomar um banho de sal grosso e congelar a picanha no freezer. Botar um vaso de arruda atrás da orelha, enfiar um pé de espada de são jorge na bolsa, amarrar um lençol do senhor do bonfim nos pulsos. Pendurar um coelho com as quatro patas no chaveiro. Pendurar um cavalo com todas as ferraduras na parede. Depois, vou pingar colírio diet pra curar olho gordo e pedir pra Deus me proteger dia e noite, com direito a delivery.
E torcer, com fé, pra que todo mundo se entenda.
Não é possível que cinco mil anos de civilização tenham culminado nisso tudo que estamos vivendo, dramas pessoais e públicos em que ninguém mais se entende ou se respeita. Pra chegar aqui, não precisava nem ter descido na árvore.
Talvez, tivesse sido até melhor ficar lá em cima.
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