12/05/2003

Confiar em autoria, na web é muito AAAAAA

Está na capa do MMonline, uma manchete que chama a atenção: Texto do comercial de Natal "Torcida" pode ser plágio de anúncio da DPZ, mas Bates afirma que se trata de material de domínio público
Clique aqui para ler e volte, please.

Agora pegue qualquer pedaço do texto que está publicado, recorte e cole-o inteiro no google entre aspas, por exemplo "Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você. Tinha gente que torcia para você ser menino. Outros torciam para você ser menina."

Você vai encontrar duas centenas de blogs com o mesmo texto e, a maioria atribui a autoria a Drummond. Não, não é de drummond, assim como The Summer is Tragic não é de Veríssimo, é meu. Este texto deve ter um autor, não existe 'domínio público', existe público que não divulga o autor, rouba a autoria e a atribui a alguém mais famoso. Cansamos, todos, de receber textos sempre atribuidos a Borges, Drummond, Veríssimo e até Einstein (Einstein??). Quem faz isso, o faz com a intenção de dar 'peso' ou 'credibilidade' para o texto. Ninguém publica um puta texto legal de um Zé Ninguém, embora devesse, se o Zé Ninguém é mesmo o autor.

Textos não se 'auto escrevem', alguém os escreve, assim como ninguém viu um piano compondo sozinho uma melodia. Pelas palavras, vemos que ele não pode ser tão antigo assim, a ponto de ser de 'domínio público' legal, como acontece com algumas músicas depois de 70 ou 100 anos. O termo 'microondas' no texto mostra que ele não é centenário.

Agora é esperar que o queixante, a DPZ prove a autoria do texto. Se eles usaram antes, devem saber do que se trata...




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