Cinderella
São quase seis horas da tarde de sábado e eu estou esperando acabar o segundo tempo do jogo do Santos para pode almoçar. É que o marido não levanta do sofá enquanto o jogo não acabar, eu não levanto do computador enquanto não tiver a companhia do marido, os filhos não almoçam enquanto a gente não os arrastar para a mesa e a empregada não põe a mesa enquanto o chefe da casa não for. Assim, enquanto todos esperam o jogo do Santos acabar, aproveito para postar. Relatório do sábado:
(1)
Fui a uma festa, um Bat Mitvá, da Mayara, filha da minha amiga Giselle Beiguelman que conheci pela web mas que há muito tempo já se tornou minha amiga no mundo real. A festa estava ótima, a comida simplesmente transbundante, maravilhosa, um luxo. Gisele estava com uma roupa chiquérrima, um vestido rosa velho, com uma renda aplicada nas fendas, sapato do mesmo tecido, um cabelo loiro chanel com colar de pérolas de 3 voltas que era coisa de filme. Mas alguns convidados, estavam com roupas totalmente esportivas.
(2)
Talvez, algumas pessoas tenham licença poética, não sei. Encontrei um amigo, ex-colega da turma de Física da USP, que fez todo o bacharelado comigo, de camisa branca e calça jeans branca. Mas até o Ziraldo que só usa jeans com camisa e colete vai a festas de smoking alugado pra ficar bem na foto! Eu sei porque aluguei um vestido na mesma loja que ele alugou o smoking para a festa da Avon. Mas não sei porque estou reclamando, sou a favor da liberdade de expressão o que inclui a roupa.
(3)
Fato é que depois da festa o maridão tinha uma palestra na Hebraica. E combinamos de sair da festa para lá. Mas... e a chuva? E o frio ?E o trânsito? Ah! Não contávamos com isso! A filha que foi na festa sem casaco estava morrendo de frio. E não queria ir ao clube de vestido de festa. Eu, a mãe, resolvi então deixar o marido lá e ir até em casa com o carro, trocar de roupa e voltar pro clube. Tudo muito complexo, mas possível. Só que... o trânsito foi piorando, piorando e... tive que mudar meus planos. Deixei o carro com o marido, fiquei no Shopping Iguatemi com a filha e topei dar um banho de loja nela pra ir à pé até o clube. Fomos.
(4)
De salto e roupa de festa, fui ao shopping com minha filha. Entrei na Triton e pedi ajuda. Os vendedores, todos muito jovens, me reconheceram da TV. E me ajudaram. Comprei jeans, camiseta, cinto, jaqueta, tudo. Minha filha saiu de lá quase pronta, exceto pelo sapatinho boneca e a meia calça fina. Fomos para uma Noa Noa e comprei meias e um AllStar. Ela ficou ótima. Eu, habillé. Liguei pra casa. E, adivinhe, meu filho também queria alguma coisa.
(5)
Alguma coisa parece uma idéia genérica mas não é. Para um adolescente, qualquer coisa é uma malha, mas que não seja de lã, que não dê coceira, que seja mais ou menos de linha, numa cor meio bege, canelada, com detalhes de zíper em algum lugar, mas não jaqueta, que seja legal e vista bem em qualquer ocasião, especialmente para ir na balada. Entendeu? Não? Nem eu. Mas não tenho apenas um filho que sabe o que quer, tenho uma filha que ajuda o irmão a conseguir o que ele quer. E assim, na Zara, toda atrapalhada entre duas malhas para ele escolher, sem saber descrevê-las pelo celular, minha filha disse:
- E por que você não fotografa as malhas com seu celular e manda por email pra ele ver em casa?
gênio.
(6)
Tirei as duas fotos das malhas e enviei-as para o hotmail do meu filho. Uma compradora viu o que eu estava fazendo e ficou maravilhada. Idéia da Anita. Gabriel recebeu as duas fotos, ligou no celular e disse que achava que preferia a bege, mas talvez fosse melhor não trazer nenhuma. Assim, evidentemente, saí da loja sem comprar nada, voltei dois minutos depois e comprei a malha preta. Ainda não inventaram tecnologia que resolva cabeça de mãe.
(7)
Com minha bolsinha de festa, roupa e salto alto, uma sacola com a roupa de festa da filha, uma sacola com a outra jaqueta da filha, uma sacola com o sapato da filha e uma sacola com a malha do filho, fomos à pé para o clube A Hebraica. Entramos, encontramos o local da palestra e finalmente, sentei. A palestra foi ótima, conheci muitas pessoas, conversei com outras. E, finalmente, voltamos para casa. Assim que o Santos acabar de jogar, vou comer, maravilha das maravilhas.
Acabou o jogo!
fui!
(depois eu volto)
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