11/17/2002

Pequena parábola da fonte.

Outro dia, estava eu no lugar L, quando um homem H falou mal de um querido amigo B. Fiquei ouvindo o homem H comentar coisas nada boas sobre B. A primeira coisa que me ocorreu foi memorizar todas as suas palavras para contar para B. Contei. Não foi nada bom. Porque B ficou chateado, triste e perdeu um pouco o brilho por conta dessa história.
Errei feio. Eu devia ter agido de outra forma como amiga e como pessoa.
Ao ouvir H falando mal do querido B, eu deveria ter dito:

- Olha, H, eu conheço bem o B, e vejo-o de forma totalmente diferente. B é um cara correto, bem intencionado, etc e tal.
Eu deveria ter mostrado para H um outro lado ... B.

Se eu tivesse feito isso, talvez H mudasse de idéia sobre B ou, pelo menos, nunca mais falaria mal dele para mim. Talvez, quando fosse falar mal dele para qualquer outra pessoa, reconsiderasse seu ponto de vista, tendo conhecido o meu.

Eu poderia ter feito pior, poderia ter atacado H, xingado H, brigado com H e aí, H passaria a falar mal de B e de mim também. Eu estaria apenas semeando o mal um pouco mais.

Assim, quando um H ou M falar mal de uma pessoa que você gosta, A o B, não brigue, não xingue H . Isso só confirma a idéia de quem xinga, a de que tanto A ou B quanto seus amigos são todos desprezíveis.

E também não adianta contar pro mundo que H ou M falou mal de A ou B. Espalhar malidicências potencializa o mal.

Se puder, apenas mostre para a fonte do mal, que há outros pontos de vista a considerar. Ou então, deixe que a fonte seque sozinha. Porque se você beber da fonte, se você levar a água contaminada desta fonte, mais e mais pessoas se contaminarão com a fonte do mal.

E diga, sempre, nesse caso, dessa água eu não beberei.

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