Malucos somos nós
Trabalhei durante um tempo com Gugu, há muitos anos. Só não digo há muitos anos atrás,
porque é redundância e porque todos os ânus ficam atrás.
Gugu sempre acreditou (não sei se ainda acredita) que quadros e programas com a palavra 'maluca' ou 'maluco' dão sorte.
Sonho maluco, casa maluca, fábrica maluca, câmera maluca,corrida maluca, são algumas das muitas combinações que podem surgir no mundo da mídia ou dos brinquedos infantis. Acabei de ver um site que deve ter alguma coisa com o Luciano Huck que se chama Ilha Maluca.
A maluquice, aliás, também é adorada pelos publicitários que trabalham com o varejo, que, em toda
liquidação ou promoção vão logo avisando que o 'gerente enlouqueceu'.
Ser maluco, beleza ou não, é uma vantagem, de uma certa forma. Você pode fugir dos padrões sem
tanta cobrança, não responde juridicamente por seus atos e ainda capitaliza a simpatia de muita gente.
Porque ninguém inveja um maluco, ninguém quer ser um maluco, num mundo onde todos se esforçam
para ser normais.
Pra fazer sucesso, aliás, a loucura, a esquisitice, o jeito bizarro são atalhos eficientes. Fazer sucesso
pela competência, dá muito trabalho. Imagine quantos anos de música precisa ter um violinista de
orquestra. Já pra sair rebolando feito uma minhoca não precisa muito, ainda mais se tiver um funk louco pra acompanhar.
Na verdade, nem sei bem porque estou falando sobre maluquice. Talvez, porque durante toda a vida
as pessoas me acharam meio 'maluquinha'.
E o pior, eu achava que isso era um elogio!
Coisa, de maluco.
P.S. - ah, sim, e por favor, sem menções ao fato de meu marido ser psiquiatra...
Nenhum comentário:
Postar um comentário