8/29/2003

Vaidade
Sabe quando você vê um amigo seu, namorando com uma amiga sua e você tem certeza que eles começaram a namorar através de você? E você quer ter certeza que foi isso mesmo só pela sua vaidade de sentir-se cupido? E quando isso acontece com links, não é parecido? A gente que nutrir a vaidade de achar que a pessoa conheceu aquele site porque foi você que sugeriu um dia em algum lugar.

Doença ruim essa, a vaidade. A gente fica esperando sempre um parabéns, um obrigada, um crédito, só para subir posições no ranking cósmico do seres humanos.

Você pode até subir no ranking terrestre, mas tenho certeza que a gente cai muito no ranking divino...!
Ah, como eu queria me livrar desse sentimento. Me faz tão mal.

O máximo que consigo é não piorar as coisas. Porque o impulso, vem. A doença se manifesta daquele jeito bem marocas, os braços querendo estacionar na cintura em posição de açucareiro e avoz já sair dizendo, cobrando, quando não, já amaldiçoando.

Devia ser o contrário. A gente devia sentir felicidade ao saber que levou conhecimento pra alguém. E que se esse alguém simplesmente segue todas as suas recomendações, links, sugestões e conselhos é somente porque essa pessoa acredita em você, confia em você, tem afeto por você.

E mesmo que não tenha, mesmo que copie, mesmo que odeie, que diferença faz? Quando um homem dá flores para uma mulher, será que o agricultor, o que plantou aquelas rosas, sai correndo atrás gritando pra ela 'olha, ele só DEU as rosas pra você, mas quem as plantou e colheu, fui EU!'? Será que a gente não pode apenas plantar rosas pelo prazer de sabê-las vivas, de espalhá-las pelo mundo, e ser feliz só por ver os botões se abrindo?

E por que é tão mais fácil sentir a raiva que brota da inveja, o orgulho que clama por aplausos, ao invés de silenciosamento sorrir por saber que a gente faz tanta gente crescer, assim como os outros fazem a gente crescer também?

Vaidade... mal do mundo!

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