12/17/2003

Boa noite
Estou vencendo a tentação. Por três ou quatro vezes, escrevi alguma crítica sobre alguém que vi na tv agora e apaguei. Graças a Deus. A crítica ácida não revela a fraqueza do criticado mas a nossa. O incômodo é sempre fruto da inveja, de alguma frustração. Coisa boa não é, acredite.
Claro, falar mal do Bush, que é uma anta mal-eleita ou do Saddam que é um tirano mal-amado, é diferente. Ninguém tem inveja do George nem queria ser Saddam. Mas, de resto, é sempre bom a gente se controlar. Resistir à impulsividade é a chave de tudo. É com este mesmo mecanismo que aprendemos a nos disciplinar para resistir à gula, aos desejos de vingança, à vontade de fazer fofoca, entre outras.
E assim, com um placar de três a zero pra disciplina, vou dormir feliz.
Li numa revista feminina, uma coluna do Flávio Gikovate, dizendo que não é a cirurgia plástica, o implante de silicone, o botox, a roupa nova comprada no shopping, nem a lipoaspiração que devolta a auto-estima à pessoa, mesmo que esses detalhes até ajudem algumas criaturas. A auto-estima vem do MÉRITO. E essas técnicas cirúrgias não trazem mérito a ningué, ao contrário, muitas vezes, só trazem culpa.
A auto estima vem de pequenas decisões e promessas que fazemos para nós mesmos e conseguimos cumprir. É dizer 'vou acordar às sete e correr' e conseguir cumprir o prometido. É dizer 'não vou brigar' e não brigar. É combinar com seus botões de não beber e, de fato, não ingerir álcool. OU não fumar. Ou ligar pra tia chata e fazê-lo.
Enfim, a auto-estima vem da lealdade, da palavra, da honra, que somos capazes de manter com nosss própria pessoa.
Porque se você não for capaz de ser correto e honesto com você próprio, não conseguir sê-lo com mais ninguém.
Boa noite, antes que eu saia filosofando teclado afora.

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