No ano passado, pela primeira vez, entreguei o imposto de renda antes do último dia. Também sofro deste mal, especialmente com coisas que abomino. Não há nada, nada no mundo que eu odeio mais do que a burocracia. Hitler, talvez, mas de resto, a burocracia é meu inferno.
Fazer imposto de renda, para mim, é morrer uma vez por ano.
Mesmo assim, faço, eu mesma, sofrendo e chorando, bravamente, sem ajuda de ninguém.
Reconhecer firma, tirar cópia, preencher cadastro, dói até meus ossos.
Não fosse o amor pelos filhos, não conseguiria preencher todo ano, aquelas fichas intermináveis da escola, do acampamento, das autorizações de viagem.
Como eu, existem milhões. Hoje, por exemplo, é o último dia de cadastramento dos telefones pré-pagos. Dulce, querida leitora, gentilmente me passou o telefone de um especialistas para tentar resolver o problema do celular do meu filho.
Liguei pra ele. Mas por causa do cadastramento, hoje ele está assoberbado. Pediu pra ligar amanhã. Mas meu filho volta hoje. Amanhã, ele já estará aqui.
Mesmo assim, é bom contar com ajuda!
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