2/07/2003

Mutilação na Internet
"Imagens que ninguém merecia ver". Esta é a manchete da matéria da jornalista Cristina Padiglione, no Estado
de São Paulo, de hoje, em sua coluna Telejornal do "Caderno2".
Li o texto logo cedo no café da manhã, já que agora não leio mais a Folha em papel, só o Estadão.
Poucos minutos depois, ouvi Heródoto Barbeiro, na CBN, rádio do Sistema Globo de Rádio, comentando a matéria e as fotos
da vítima do cirurgião Farah Jorge Farah, que circulam na web.
Ontem, Gerson também me perguntou se eu queria as fotos, se queria vê-las. Não quis. Cada um, cada um.
Porém, quando surgem assuntos 'chocantes' e mobilizadores, o resultado é o mesmo: polarização.
O mundo fica divididoem dois: ou você viu, ou você não viu.

Num plano bem menos bizarro e chocante, mas igualmente intenso pela invasão de privacidade, passamos pela mesma coisa
na famosa festa "Giovanna". Todo mundo queria ver ou comentar se viu ou não viu as fotos da festa, com gente transando
num pequeno quartinho com cãmeras escondidas à la big-brother,

Aqui, a coisa é diferente. As fotos 'vazaram' a partir de informações internas, ligadas à autoridades policiais ou médicas,
não se sabe. Tudo está sob investigação no momento.Apuremos.

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