2/08/2003

Quando a gente acerta
O sucesso da frase 'sem medo de ser feliz' é óbvio. Todo mundo, no fundo, tem medo de ser feliz.
Dá medo mesmo. É assustador quando você quer muito uma coisa e...consegue. Faz parecer que
tudo é tão..possível. E aí, nossa mania de reclamar, nosso vício de ser infeliz e pequeno, fica tão...
exposto.
Mas de vez em quando a gente acerta mesmo. Hoje, por exemplo, acertamos. Fizemos a opção
de vir à praia, cedinho, por outro caminho. Não tinha ninguém, a estrada estava ótima, o dia maravilhoso,
o mar parecia um espelho de água cristalina.
E tem mais. Aconteceu uma daquelas coisas que ninguém acredita quando a gente conta. Tudo bem,
eu tenho uma testemunha.
Sempre acho dinheiro na rua, já falei sobre isso. Acho dinheiro na calçada, na rua, na areia. Vivo
contando uma história real, sobre achar dinheiro. Muita gente não acredita, mas eu de fato, não sou
a autora da história sou apenas a protagonista. Caminhando da minha casa até a Jovem Pan, fui
encontrando dinheiro pelo chão. Já tinha alguns reais e moedas no bolso e faltava pouco pra chegar
na rádio. Aí, na calçada, vi um homem pedindo esmolas, que não tinha pernas. Entendi que as
minhas pernas tiveram até ali, aquela função, de achar o dinheiro para ele. Dei o dinheiro para o
homem e segui em frente. Dá pra perceber que o autor da história é bem melhor do que eu como
roteirista...
Mas hoje, eu achei um real. Uma nota de um real. No fundo do mar.
Claro não havia nenhum tesouro, só a nota perdida, de algum nadador distraído que a guardou
no calção.
Mas foi divertido. Valeu um picolé.

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