9/27/2003

Brincar
É inacreditável como as crianças têm capacidade de brincar. De tudo, tanto, o tempo todo. Até nós, os mais velhos, entramos no clima. Teve jogo de ping pong, jogo de gamão, playstation II, nintendo 64, volei, basquete, futebol, esconde-esconde.
Todo mundo ainda está brincando.
A única coisa que não é brincadeira, é o tempo. Esse tempo que nas festa em família, a gente vê estampado nos rostos dos nossos pais, o implacável tempo, que mancha e seca a pele, que rouba a vida. Esse mesmo tempo, ainda tão fresco no rosto das crianças, tão intenso nos hormônios dos adolescentes.
É esse tempo que celebramos, mais um ano na vida dos filhos.
Olho a minha volta e vejo pais quarentões, avós septuagenários, crianças que não têm nem uma década.
Nesses dias de brigadeiros e picolés de limão, a gente entende que para ser feliz é preciso fazer as pazes com o tempo. E aceitá-lo.
E celebrá-lo, sempre, com alegria e gratidão.
Porque cada ano na nossa vida, é como uma conta num cordão. Uma pérola num colar. Um diamante suspenso em ouro.
O tempo é nossa perdição.
Mas é nosso único tesouro.
Feliz aniversário.

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