Algum dia, em algum lugar, eu me lembro de ter visto uma sequência de fotos, premiada pela Time (ou LIfe) , em que um pai e sua filha, todos os anos, tiravam uma foto juntos, desde o dia em que ela nasceu.
Até hoje, quando me lembro, sinto vontade de chorar. Enquanto vamos vendo o pai com a menininha ainda bebê, depois em pé a sua frente, sempre crescendo, a gente vai abrindo um sorrido. De repente, ela cresce, fica mais alta que o pai e, à medida que se torna uma mulher, ele se torna um velhinho. Ela fica mais alta que ele, e inverte a posição, ficando ela atrás, abraçando sua figura frágil à sua frente.
Lembro-me de chorar quando vi a última foto dos dois, pois compreendi que aquela havia sido a última da sequencia de vida e amor dos dois.
Não encontrei nunca mais esta sequencia de fotos, nem sei se o que ficou na minha memória sequer corresponde às fotos que vi.
Hoje, porém, lembrei destas cenas, quando Ana Carolina, querida leitora deste blog, enviou um link argentino, em que uma família argentina mostra suas fotos tiradas anos a ano, de 1976 até 2002.
É para ver e meditar sobre o passar dos anos... para todos nós.
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