Há muitos e muitos anos, ou como diria aquele viciado em pleonasmos e redundâncias, 'há muitos anus atrás', fiquei apaixonada pelo tema propaganda subliminar. Passei a procurar na mídia impressa tudo o que estivesse dentro do critério que havia aprendido: que todas as propagandas vendem três coisas básicas, o dinheiro, o sexo e o medo da morte.
E de fato, passei a ver letras com SAV (save, economize) escritas com comida de cachorro nos potes do anúncios, palavras como SEX escritas com folhinhas de grama no jardim onde apareciam as pernas bonitas da moça com meia calça sentada no banco, e caras desfocadas de caveiras representando a morte em cubos de gelo que apareciam no fundo de um anúncio de remédio pra dor de cabeça.
Convenhamos, todo mundo quer fazer sexo, ganhar dinheiro e ser eterno.
Lembro de colecionar esses anúncios e depois, um dia, jogar tudo fora.
Eu sou do tempo da lenda (ou será realidade?) do comercial da Coca Cola que foi proibido nos cinemas porque mostrava mensagens "BEBA COCA COLA" que íam além dos 24 quadros por segundo, visiveis ao 0lho humano. Dizem que todo mundo saía do cinema e ía correndo tomar coca-cola.
Depois, com a web, passei a receber emails sobre o tema, pesquisar alguns sites e descobrir interpretações como a do maço de Marlborough, que insinuariam relações homosexuais masculinas com seu logotipo em forma de pênis apontando para a divisão das nádegas, a rachadura da bunda pra ser bem clara.
Pois hoje, no suplemento do TElejornal do Estado de São Paulo, o tema volta, com um comercial que está no ar sobre higiene bucal. Veja a matéria. Acho um assunto muito bacana para ser discutido coletivamente.
A única ressalva, um lembrete amigo, é que a gente não deve cair na armadilha da paranóia e do hobby popular de procurar pelo em ovo.
Por enquanto, coloquei uma mensagem subliminar aqui mesmo, só pra ver quem é que encontra e dá, pelo menos, um sorriso.
Para ler mais:
= Matéria do Telejornal do Estado
= Ong Mensagem Subliminar (com os detalhes sobre o comerical da Close Up)
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