no taxi
não vou dizer que é perfeito, mas é gostoso.
pena que o motorista de taxi não pára de falar. e que em cada lombada, o laptop pula no meu colo e escorrega pelas minhas pernas.
e que não tem ar condicionado, o que faz com que eu me sinta como um tomate numa estufa postando em seu blog.
mas é divertido, é uma experiência interessante, ter a minha idade e viver esta era tecnológica, com conexões aéreas, com ondas invisíveis para a gente navegar pelo mundo.
as conexões wireless surpreendem porque parecem mais próximas do ... pensamento.
os fios, nos lembram tubos, brincadeira de falar com o amiguinho pelas pontas da mangueira do quintal, ou a velha e obtusa latinha de massa de tomate ligada à sua irmã gêmea por um fio de linha, uma coisa que pouca gente há de se lembrar.
da bolha de sabão feita com caule de mamona às placas de rede wi-fi, foi um longo caminho.
e aqui estou eu, forçadamente ouvindo a antena 1, num taxi paulista, no meio do congestionamento permanente desta cidade de muito concreto e pouca poesia.
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