Entre sem me bater.
Obrigada. Se você chegou até aqui é porque você veio, mesmo, assim, como quem decidi ir e vai. No caso, vem. Veio. Obrigada.
Sim, porque pelo google você nao deve ter chegado até aqui. Eu, que sempre amei o Google, que passei anos e anos e anos e anos a fio, com e sem fio, divulgando este que hoje é, reconhecidamente, o melhor e mais esperto mecanismo de busca da Beto Carrero World Wide Web, (nossa, que frase grande. vamos parar para respirar, assim, sem critério de pontuação mezzzz),
(respirou? agora solta. isso. a gente tá vivendo muito rápido, a ordem é desacelerar)
, que sou a maior evangelizadora do Google com todos os seus recursos, justamente eu, tirei o querido leitor do google. Só duas páginas de arquivo restaram e insistem em ficar apesar de eu já ter tentado todos os métodos que o próprio site do google indica. grudaram. e pronto.
Agora que você entrou, preciso dizer algumas verdades sobre minha pessoa. É a versão pessoal daquele quadrinho atrás da porta do hotel com as regras do condomínio.
Eu sou uma pessoa que gosta da obra do Beto Guedes. Veja bem, é Beto Guedes, não é Oswaldo Montenegro se é que você me entende. Durante anos e acho que ainda hoje, por saudosismo, a música "Lumiar" foi a minha preferida, entre muitas e muitas dos mesmos anos 70.
Sim, eu sou uma daquelas pessoas que queria ser sócia do Clube da Esquina, que chorou muito com as músicasa de Milton Nascimento, que conhece muitas letras do Chico Buarque e que sempre achou que, embora Caetano fosse uma indispensável farra, Gil falava mais à alma.
No momento, estou um pouco chocada porque só encontrei um assinante do Kazaa que tem Lumiar para partilhar e, mesmo assim, nem está conectando. Somos poucos, então, os seguidores de Lumiar.
Só de falar já dá vontade de estar junto a um coro de amigos velhos cantando "Sal da Terra".
Pois eu sou esta pessoa. Uma pessoa que contém milhões de outros arquivos partilháveis, coisas que eu uploadei para meu cérebro ao longo da vida e que muita gente talvez se interessasse por downloadar. Mas Lumiar é um arquivo que não dá pra apagar. Nem Beatles, nem James Taylor, nem Carole King, nem Jim Croce. Mas tenho outras marcas intensas de músicas do passado. Fiz USP na segunda metade dos anos 70 e no começo dos anos 80, tenho lá minhas canções latinoamericanas, Violeta Parra, Mercedes Soza, essas coisas de quem viveu os últimos anos de ditadura militar. Hoje, ninguém fala mais nisso. Passou, graças a Deus. Ficou longe. Mas não aquele longe no espaço, que tem um limite, já que a terra é uma bola, mas um longe no tempo, esse, que caminha numa só direção.
Para encerrar, mais uma vez, muitissimo obrigada.
Porque além de chegar ao blog, você chegou até aqui, no no post.
E como todo mundo sabe, quando chegar ali no post, você vira à segunda à direita, depois esquerda e já é lá.
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