9/08/2003

BookCrossing
Todos nós, de uma forma ou de outra, sempre lutamos pela liberdade. Tem gente que por conta disso já apanhou, já foi preso, torturado. Há quem tenha morrido em nome da liberdade. Sempre haverá quem morra por ela. Porque a liberdade, depois da vida, é o mais precioso instrumento, o que nos permite exercer a humanidade.
Assim, defenderei até a morte o direito que todo mundo tem de achar o que quiser. Mas exerço também a minha liberdade de defender a idéia de que o bookcrossing, mesmo não mudando o mundo, é uma idéia bacana.
Hoje, o BlueBus descobriu que este assunto está circulando na web e publica vários emails de leitores, contra e a favor.
Em geral, as pessoas mais amargas sempre usam os mesmos argumentos, de que isso é fantasioso, infantil e não vai mudar o mundo.
Discordo. Mas defendo o sagrado direito que cada um tem de achar o que quiser e, até, de optar pela infelicidade como modo de vida.
Libertar livros para o mundo me parece em linha com o desejo de alfabetizar o mundo, de dividir conhecimento, de abrir mão da autoria e da vaidade dos gestos.
Para mim, a vida só tem sentido quando vivida de forma empírica. Pode teorizar mas a vida não é tese, é experiência.
Hoje, mais madura (quase podre!), tenho mais prazer em conviver com pessoas que me falam sobre o que viveram e fizeram do que com pessoas que apenas me contam o que pensaram.

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