Capítulo I
Saímos de casa para ver a pré-estréia da peça "A Flor do meu bem querer", de e com Juca de Oliveira. Como toda pré-estréia para convidados, a platéia também é uma atração em si. Todo mundo fica olhando pra todo mundo pra saber quem enfim, foi convidado além de você.
No saguão do Cultura Artística, duas emissoras de TV e muitos fotógrafos estavam na espreita para encontrar famosos. Aqui, o repórter do SBT levou Fabiana Sabba até o local onde a luz estava montada pra fazer entrevistas.
Capítulo II
O marketing vê as pessoas como target e estratifica a todos por classes sociais de consumo. Assim, gente que vai ao teatro e pode pagar um ingresso e o estacionamento e talvez, um jantar depois, quando juntas, constituem uma oportunidade única para degustar produtos. Assim, enquando o repórter entrevistava Patrícia de Sabrit, as pessoas comiam pão de queijo, tomavam champagne, experimentavam sorvete. Sem contar a pipoca. Um pic nic patrocinado.
Capítulo III
As câmeras amadoras, como a minha, eram muitas. Os famosos, já acostumados com o assédio, posavam para todas as lentes. Aqui, John Herbert respira fundo e sorri para todos. Sua mulher, que é um amor de pessoa, compreensiva e paciente, saiu de cena e abriu a rodinha para deixar Herbert ser fotografado mais à vontade.
Capítulo IV
Assim que ele entrou as câmeras pularam sobre ele. Infelizmente, eu não sabia quem era. Achei que fosse algum ator da nova geração, desses que chama Eric Marmo, por exemplo. Perguntei para uma moça que tinha acabado de tirar uma foto dele, o nome próprio do mesmo ou o nome, mesmo, do próprio. ela também não sabia. Um rapaz gentil me avisou: -"É o Felipe Folgosi".
Muito prazer.
Capítulo V
Vânia Toledo, fotógrafa e uma graça de pessoa, ficou encantada com minha Exilim digital. Como é que pode uma fotógrafa profissional do calibre de Vânia, dizer que não sabe mexer numa coisinha pequena como aquela? Mostrei que além das fotos, ela também faz vídeos. Vânia disse que vai comprar uma pra brincar também. Se eu tivesse uma câmera na bolsa teria vendido ali mesmo. Por isso que desde pequena eu queria ser garota propaganda.
Capítulo VI
Marília Pera, que faz um personagem em off, ao vivo, na peça, estava elegantérrima, junto de Fábio Namatame, maquiador genial e exclusivo de Marília.
Epílogo
A peça começou bem. Mas depois, teve uma tremenda barriga. Não gostei do desfecho, achei o roteiro fraco. Esperava muito mais. O marketing é mais forte que a realidade. A percepção da peça é maior que a peça. Me senti estranha, porque a platéia dora, morre de rir. E, embora eu também tenha rido em muitas ocasiões, eu espera muito mais. Achei que haveria denúncias, que era uma peça politica. Enfim, não sou crítica de teatro.
Mas o jantar no Sushi Guen estava ótimo. Um pouco tarde. Os garçons muito gentis estavam esperando a gente acabar de comer pra fechar o restaurante.
Desta vez, esperei um pouco antes de abrir a porta do carro como costumo fazer, e sentar ao lado dom manobrista. É democrático mas é deselegante.
Assim que cheguei e tirei os sapatos, pensei:
- there's no place like home.
Teatro novamente, só daqui a dois anos.
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