Moças na Rua
Fui andar. Não estava bem o suficiente para correr. Mas na caminhada, aproveitei para passar na escola da minha filha e marcar o dia em que irei lá contar uma história para a classe (Semana do Conto), pedi informações numa escola de inglês para meu filho, marquei cabeleireiro, tudo (vou lá agora).
Em seguida tenho uma deliciosa externa, onde pretendo trabalhar e me divertir.
Pelo caminho vi algumas moças, tão jovens, que pareciam crianças para mim que sou adulta. Mas lembro que quando eu tinha 17 anos eu me achava muito dona do meu nariz.
Uma passou no estilo hippie 2003, com havaianas, cabelos longos, bata e calça larga. Era muito magrinha. Seus pais devem ter vindo à pé de Woodstock. Não era bonita. Outra, fazia o tipo inglesinha, toda de preto e jeans, saltos imensos. Mas o dia está muito quente, um calor incrível e ela estava de minisaia jeans e meias pretas grossas por baixo. É duro ser mulher e assumir um tipo.
O que me incomodou mesmo foi uma senhora, empurrando um carrinho com seu netinho, e fumando, o cigarro quase deixando a brasa cair sobre a criança.
Mas a cidade segue seu rumo, sem se importar comigo. Tudo bem, eu também tenho que cuidar da minha vida, encontrar um tipo, empurrar um carrinho. Ainda mais eu, que sempre tive um pé em Woodstock...
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