Lembrei
Há anos e anos e anos e anos (faz tempo mesmo), minha querida e grande amiga Maria Julita Guerra Ferreira, que fez física na USP comigo e seguiu carreira (já fez até doutoramento, ela é uma especialista em energia solar) mandou fazer uma placa de rua de presente pra mim, ou melhor, uma praça. Achei a idéia genial. Ganhar uma praça em vida, com seu próprio nome é algo valioso. (Se você quiser eu posso conseguir o endereço. Era na rua Augusta, acho que até hoje tem essa loja que faz carimbos e placas deste tipo.)
Sempre gostei muito de placas, de sinais de trânsito. Cheguei a roubar algumas placas quando eu era maluca e morava com uma amiga idem. (Um dia, roubamos uma enorme placa que indicava o batalhão da PM perto do nosso prédio. Olha o perigo. Loucuras da juventude.)
Pois ontem, visitando um viveiro de pássaros de uma chácara vizinha, fiquei intrigada com uma placa colocada no alambrado do viveiro, em francês, que dizia "Chasse Interdite" (Proibido caçar). Fiquei com a placa na cabeça.
Hoje, entrando na sala do Jô na Globo (eu nunca tinha entrado na Globo de SP), reparei algumas placas também em francês, colocadas nas portas da sala, como 'Journalistes' e 'Entrée des artistes'. Fiquei curiosa e perguntei aonde ele tinha conseguido essas placas em francês. "Da França", Jô respondeu. Todo riram. Pra não deixar barato, mandei uma: "Da França? Que coisa óbvia. Pensei que fossem da Martinica...". Ele então explicou que em Paris, perto do Boulevard Sebastopol (Chatelet) existe uma papelaria muito antiga, uma loja pequena, chamada Papetrie Moderne, que vende todo tipo de placa.
Cheguei em casa e Googlei: achei um único site, de um turista americano que menciona exatamente esta papelaria.
Chique demais, não?
PS - Procurando por uma placa de Chasse Interdite, encontrei este gato preto lindissimo, no asfalto.
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