12/11/2002

Dor na alma
Ontem, cansada de tanto trabalhar, com muita dor na mão direita e sem poder navegar em páginas fora do Brasil, desisti do computador e fui para o sofá da sala ver tv.
O Jô estava apresentando seus convidados e fiquei para ver o repórter policial Percival de Souza.
Se você assistiu, já sabe tudo o que vou dizer. Não pode ser diferente do que todo mundo sentiu. Do que o público, o Jô, o Percival, o telespctador sentiu. Dor na alma.
Ver Percival descrevendo a morte de Tim Lopes sem conseguir impedir que minha mente montasse a cena que ele descrevia. Tudo doía. Porque não era ficção.
Fui dormir com o rádio ligado, para terminar de ouvir a segunda parte da entrevista.
O encerramento foi pungente. Percival contou que decidiu prosseguir e fazer o livro sobre seu amigo e colega de profissão, porque a viúva de Tim disse que, ao fazê-lo em 'pedacinhos', os bandidos não perceberam que estavam multiplicando-o em muitos, para que jornalistas dignos, honrados e corajosos pudessem continuar sua luta.
Percival continuou trabalhando.
E eu, acordada.
De olhos abertos no escuro.
Esperando que a luz do dia trouxesse uma esperança para todos nós.

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