10/05/2002

Amoras, amoras, amoras. Amoras de águas de são pedro.
Acordei de raiva. Depois da feijuca, dei uma dormida obscena, daquelas de babar no travesseiro e esquecer que o mundo existe. Naquele limbo entre a consciência e a incosciência eu ouvi o Galvão Bueno narrando o gol do São Paulo sem nenhum entusiasmo. Aí, o Flamengo marcou um gol e o maldito gritou com toooooooda vontade. Não costumo dormir à tarde mas hoje, não deu pra evitar.
Neste momento, estou esperando a geléia de amora engrossar um pouco. Deparei-me com uma amoreira carregadíssima e um tapete de amoras no chão. Eu, no momento, sou uma amora gigante. Mexer com dois quilos de amora deixa tudo pintado daquele vermelho venoso intenso. A cozinha mudou de cor. Estou fervendo os vidros para guardar a geléia depois. Amanhã, panquecas com geléia caseira de amora.
Isso é que é vida.

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