3/26/2003

MariBlog
A pessoa chega e encontra 2893 comentários num post. Ela começa, logicamente do fim pro começo e não entende nada do que está acontecendo. Talvez a gente deva estabelecer uma regra: a cada 539 comentários, alguém coloca um resumo de tudo o que aconteceu abaixo. Talvez seja a primeira vez na história da blog-humanidade que uma pessoa faz a MINUTA dos comments e a ATA de reunião no post.
Cheguei do Spa. Não era um spa de emagrecimento, mas um lindo spa de tratamento.As pessoas eram gentis, a equipe era competentíssima. Todos de boa vontade. Todos. Exceto... uma.
Uma criatura hedionda, grossa e mal educada que não sabia onde estava, o que foi fazer, quem éramos. Nâo sabia que as pessoas tem o mínimo de respeito e que quando trabalham em equipe não saem dando ordens para todo mundo.
Para não explodir os miolos, não cometer atrocidades e não transgredir a convenção de gengibre, os esquerdos humanos e as regras do bom jogo de pega-varetas, engoli a seco e pensei comigo mesma:
- ela não existe. ela é apenas um pesadelo coletivo.
E continuei fazendo o que deveria fazer, com a diferença singela de que, levamos 5 horas para fazer algo que poderíamos ter feito em 2.
Enfim, diante do absurdo que tenho lido, de Bagdá bombardeada, dos 30 mil soldados americanos que serão enviados como reforço, dos mil mortos iraquianos, parece coisa boba.
Talvez seja.
Mas já encomendei uma nuvem macia e gostosa na posteridade, com vista para o lado bom do ser humano.
Esta criatura que encontrei hoje, caso a re-encarnação exista, ou a próxima encadernação como gosto de dizer,
vai voltar lesma, micróbio, mosca de estrume, bicho-geográfico ou bicho de pé.

Porém, como todas as histórias precisam ter um final feliz e justo, aqui vai um alento:
- na hora de ir embora, chamamos um taxi.
Ela também deve ter chamado, mas eu não sabia.
Um taxi chegou. Entrei. FEchei a porta. Mas não era um carro, era um suvaco fétido de quatro portas. Pelo nível de odor, o motorista devia estar morto há quatro dias.
Ainda nauseabunda, estiquei minha mão até a maçaneta, abri a porta e saí.
Outro taxi chegou.
Entrei no outro e vim pra cá.
E em seguida, vi que, o primeiro taxi , era justamente da criatura hedionda....
Deus sabe o que faz.
Nem precisou reencarnar. Voltou para o suvaco podre de onde nunca deveria ter saído.

Touché.

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