4/06/2003

Má-vontade
Não, não é minha casa, é uma foto do site da Zêlo, onde travei uma batalha campal para comprar um lençol de solteiro ou de casal. Hoje é domingo e, embora muita gente (como eu) trabalhe, a má vontade reina soberana sobre as relações entre compradores e vendedores. De manhã, foi aquela odisséia inglória. Voltei para Ítaca sem nada nas mãos. A vendedora não fez a mais remota questão de me ajudar e só faltou ir abrindo a porta da loja para que eu saísse. Esperei até o shopping abrir e fui à loja Zêlo, que é mais popular. O shopping tem também aquelas lojas chiquésimas de cama-mesa-e-banho, mas só para quem nasceu em berço de ouro, cresceu com mesa farta e toma banho de loja.
Na Zêlo, a segunda decepção. Primeiro que o vendedor, que ganha comissão nas vendas, pouco se importa se seu filho adolescente vai dormir sob um lençol de bolinha, flores, motivos japoneses ou samambaias silvestres. E não adianta você levar as medidas anotadas porque ele só conhece solteiro e casal, algodão e percal. E ponto final.
O máximo que consegui foi comprar o lençol da foto, que apesar de simpático é bem ordinário. Os homens não compreenderão, mas é ridículo economizar na metragem do elástico e fazer um lençol de encaixe que não tem elástico em toda volta, mas só em partes dela. É de deixar qualquer mulher louca. Vou delatar a Santista e a Zelo para a Paula Nicolay, que sabe a importância de fazer capas de colchão que enfim, encaixem no próprio.
Passei também na Bibelot, para comprar mimos de banho, como sabonetes de bichinho, shower gel e essas coisas que levantam o ego e perfumam a pele e, mais uma vez, encontrei uma vendedora com uma má-vontade tamanho XL.
Felizmente, a moça do caixa era jovem, bonita, alta, bem arrumada, gentil e além de um pequeno desconto deu amostras de perfumes.
Agora, com os lençóis na cama arrumada, os banheiros devidamente cheirosos e conformada que o Rubinho perdeu de novo, assumo o PC para trabalhar.
Com uma má vontade que só vendo...!

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