sabadão

fiz uma daquelas coisas humaníssimas, típica de bicho doente: deitei de roupa e tudo, com uma dor de cabeça que atingia 8.5 na escala Richter dos abalos pessoais.
minutos depois, minha filha foi cuidar de mim e me fez voltar à vida civilizada: levantei e fui tirar a máscara dos cílios, escovar os dentes e passar um creme na pele.
dormi a noite toda, sem noção da minha existência.
acordei com dor de cabeça novamente.
me fez lembrar de uma palavra que adoro em alemão, 'kopfschmertzen', que já é uma dor de cabeça em si. (
Update- num falei? ainda bem que a Ana me lembrou que não tem t, é kopfschmerzen. mais uma dor de cabeça, agora...)
agora, passou. e estou pronta pra falar de algumas coisas boas da mídia que encontrei entre uma enxaqueca e outra:
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Comercial da Kaiser no cinema - meu marido achou a coisa mais genial do mundo. E é, porque não é propaganda, é advertainment, a mistura da propaganda com o entretenimento, como fazemos na Synapsys. Fernandinha Torres está genial, no trio de atores (eles também estão) que 'interagem' com a platéia de cinema, comentando os atos que merecem e que não merecem uma Kaiser, como deixar o celular ligado e comer pipoca sem derrubar no chão, necessariamente não -nesta-ordem.
A criação final só pode ser do Silvio Matos, da Bates Brasil, mas estou achando que quem criou mesmo foi o meu amigo Leandro Castilho, que trabalha com Silvio. Vou perguntar pra ele no ICQ.
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Revista Época - foi-se o tempo em que ler a Veja era quase uma obrigação do cidadão bem informado de classe média. Hoje, (não me pergunte por quê, não sei analisar, apenas percebo) a Veja perdeu a coisa mais importante para uma mídia, a relevãncia. Não faz mais diferença para a vida de ninguém ler ou não ler a veja no fim de semana. A gente chega na segunda feira com as mesmas informações ouvindo gente, vendo tv, ligando o rádio, folheando o jornal ou apenas navegando na internet e interagindo com outras pessoas. Mas a revista Época está muito boa, nesta edição especial de cinco anos. Destaquei alguns detalhes:
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Coluna A semana - Comentários divertidos, mesmo que não tenha sido essa intenção original. Lavínia Vlasak, recém siliconada, diz que prefere 'sexo sem amor do que amor platônico'. Quer dizer, é melhor sexo sem amor do que amor sem sexo. Certo. Também é melhor ser rico e saudável do que ser pobre e doente. Muito, muito inteligente. Ainda bem que ela é linda e sobreviverá ilesa ao mundo, se Deus quiser.
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Kelly Key também promove um concurso de quem se descobre mulher primeiro, dizendo que ela já se descobriu mulher, Wanessa Camargo está se descobrindo e Sanda ainda não se descobriu. Talvez a interpretação de 'descoberta' esteja mais ligada à nudez, porque, de fato, há uma ligação muito forte entre sentir-se mulher e preparar-se para posar nua. Quando somos obrigadas a nos expor, a auto-cobrança é maior . Posar nua, é como receber visita em casa: a gente gasta dinheiro para arrumar tudo, de modo que fique totalmente diferente do dia a dia, para ninguém notar os defeitos. Todas as mulheres que recebem convite da Playboy, usam o prazo entre o contrato e a sessão de fotos para tirar, por e mexer em tudo. É como ir no programa da Hebe, do dia em que você é convidado até a segunda feira do programa, você não come e não sai do cabeleireiro! Qualquer dia, vamos todas fazer mini-lipos, mini-liftings, mini-plásticas, para ir no sofá da Hebe bem lindas!
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Sindicato do Crime - ótimo uso do
título de um filme para os sindicalistas corruptos que recebiam grana para fazer greves de ônibus. Maravilhoso. M
as já estava na internet.
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Hidiotices Ilárias ....! - um entrevistado da reportagem de capa da revista época, sobre Ecstasy, descobre a américa e diz - "o que vicia não é a droga é o efeito que ela produz'. Não me diga!! quer dizer que uma droga que não produza nenhum efeito, não viciaria? Pronto! Tá resolvido o problema da droga! Ficam proibidas as drogas que fazem efeito e liberadas as drogas inócuas. Também podemos extender esse genial conceito para o crime. Porque quem mata não é o revólver ou a bala, mas quem puxa o gatilho. Então, as armas ficam liberadas, mas as pessoas ficam proibidas de tocá-las, pronto!
Ô mundo.
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